raymond evitava adormecer: preferia perder a consciência, extinguir-se.
ocupava as últimas horas do dia numa obsessão de trabalho, percorrendo, num esforço violento, o espaço para a exaustão. depois, era a fantasia. o acesso imediato ao sonho.
eu bem que podia ficar por aqui
tornar-me diferente
tornar-me melhorsentia-se instável sob as luzes; os círios que iluminam as muralhas de noite. a vigília.
ray! és tu?
oye como vas...
evitava por tudo a reconciliação e o balanço da noite. a consciência íngreme, quase a pique.
escapava desmaiando de cansaço
é demasiado viver na cidade afastado do inferno