Sobretudo
sábado, abril 16, 2005
 
raymond evitava adormecer: preferia perder a consciência, extinguir-se.
ocupava as últimas horas do dia numa obsessão de trabalho, percorrendo, num esforço violento, o espaço para a exaustão. depois, era a fantasia. o acesso imediato ao sonho.

eu bem que podia ficar por aqui
tornar-me diferente
tornar-me melhor


sentia-se instável sob as luzes; os círios que iluminam as muralhas de noite. a vigília.

ray! és tu?
oye como vas...

evitava por tudo a reconciliação e o balanço da noite. a consciência íngreme, quase a pique.
escapava desmaiando de cansaço

é demasiado viver na cidade afastado do inferno
 




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Run from the fuzz, the cops, the heat Pass me your gloves, there’s crime and it’s never complete Until you snort it up or shoot it down You’re never gonna feel free

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