raymond acordou incomodado com a imagem. tinha combinado jantar no "the drake". faltava meia hora.
uma pressurização insuportável: doía-lhe a cabeça e ouvia sibilos de todo o lado. qualquer que fosse a origem do ruído, a mente implodia. as obras da rua, a televisão, a máquina de lavar, as vozes dos vizinhos... tudo convertido em silvos.
e a imaginação era um exutório de materiais estranhos: repetidos, supurados, repetidos.
fechava os olhos enquanto se vestia. a ilusão do gesto que diminuia o volume e frequência dos guinchos que o atordoavam. "o que não vejo não me pode fazer mal".
die minnesinger
aguardava o elevador. sabia bastante de ascensores e elevadores oh every angel's terrible said freud and rilke all the same rimbaud never paid them no mind but raymond had his elevators his elevators he had his elevator angels
¶ quinta-feira, abril 07, 2005
Run from the fuzz, the cops, the heat
Pass me your gloves, there’s crime and it’s never complete
Until you snort it up or shoot it down
You’re never gonna feel free